Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

segunda-feira, 31 de agosto de 2015


E NADA É TUDO

Cansa sentir a solidão,
Sem fim, ver a noite passar,
Com tristeza no coração
E sentir sempre frio o ar.

E nada me parece tudo,
No vazio que então existe,
Com este Mundo sempre mudo,
Todo o belo momento, é triste.

Momento sem amanhecer
E não podendo viver assim,
Sem saber o que hei-de ser
E que tudo tem o seu fim.

E nada me parece tudo,
No rigor da noite sem fim
E sempre a ouvir o eco mudo,
Sem saber o que será de mim!

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 28 de agosto de 2015


DOCES POPULARES

Cavacos e cavacada,
Com açúcar ou só com fel,
Come o povo em desfilada,
O perder do seu cartel.

A cavaca já estragada,
Na mente que não sarou,
Traz a morte anunciada,
Da política que herdou.

E vai o povo contente,
Por gostar ser maltratado,
Com a cavacada inconsciente,
Dum corpo já desgastado.

No preceito é ditador,
Tal qual a velha senhora,
Que ao povo implantou horror
E que a liberdade ignora.

O cavaco endurecido,
Quer impor e ser senhor,
Sem já ser apetecido,
Quer ainda ter valor.

Sem açúcar na dureza,
Sem o sabor da iguaria,
Já de nada tem certeza
E perdeu a confraria.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 27 de agosto de 2015


CANSA-ME A MADRUGADA

O cansar não me cansa,
Cansa-me a madrugada,
Com aquela solidão,
Que o espírito alcança.
Alma desalojada
De luz, na escuridão,
Numa noite sem fim
Que está dentro de mim.

Aquela escura vida,
Na Clareza do ser,
Da sua cripta aberta,
Com a luz esquecida,
Naquele entardecer,
Onde a vida deserta
Tomou conta de mim,
O princípio do fim.

E onde não estive,
Também não quero estar,
Com todo esse negrume,
Por onde não se vive
E não quero ficar,
Tristeza do costume,
Que me leva ao seu fim,
Esta fora de mim.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015


SENHOR DOS PASSOS

E Passos governa todo o senhor,
Como brutal deus de um Mundo pagão,
Dita leis como grande ditador,
E diz como governar a Nação.

Senhor do Universo cheio de dor,
Quer ser mentor do próprio Senhor Deus,
Nas mentiras que prega por amor,
Diz que os belos sonhos, também são seus.

Ser o impostor, filho do grande Zeus,
Chama de hercúleo o seu desgovernar,
Aos contrários, considerar ateus.

Ateus de uma doutrina desgastada,
Que com o diabo forma o seu par,
Apregoa ainda ser desejada.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 25 de agosto de 2015


CULTIVAR AMOR

Não! Não é à luz do dia,
Na fresca praia do encanto,
Nem naquela hora tardia,
Que afago teu doce pranto.

Não é na tua loucura,
Que se vê o romantismo,
Entre portas da amargura,
Na verdade do realismo.

O amor que ignorei de mim,
Entre as paredes ficou,
Plantado naquele jardim,
Que o teu corpo cultivou.

É aqui, dentro de casa,
Ter paredes por paisagem,
Que o romance bate as asas
E o amor, segue em viagem.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 24 de agosto de 2015


CONTRASTES

O chorar pálido do teu olhar,
Antecâmara da tua alma insegura,
Inocente cedência do teu amar,
Confunde o luar, na triste noite escura.

Assim brilha a estrela naquela névoa,
Sem querer passar silenciosamente,
Como silenciosa vai a luz que voa
Dos teus olhos que o meu olhar não mente.

A fria e prateada luz lunar,
No sentir de toda a nossa emoção,
Contraste do brilho do teu olhar,
Fogo vivo e quente do coração.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 21 de agosto de 2015


SENTIDOS

Não vejo o vento passar,
Mas sinto a sua aragem,
Também nas ondas do mar,
Cheiro a sua viagem.

Os sonhos passam por mim,
Sem se darem a conhecer,
O triste sonhar assim,
São sombras do entardecer.

Quando nada me restar,
Quando tudo perder som,
Com sorriso irei falar,
No beijo que foi tão bom.

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 20 de agosto de 2015


O VOAR DAS GAIVOTAS

Voam as gaivotas no seu rodopiar,
Por entre as nesgas frescas do areal,
Bebendo as brisas refrescantes do mar,
Que te banha suavemente a moral,
Já ressequida pelo sol que ilumina,
A nudez desse teu corpo de menina.

Águas filtradas pela areia dourada,
Beijam a tua pele em néctar de cor,
Com um hálito impregnado de veneno.
Entre as asas da gaivota desenhada,
Traços deixados no teu corpo com amor,
Por um sol sem manchar o cristal sereno.

Harmoniosa luz que emana calor,
No contraste da fresca água do oceano,
Que a areia vem beijar com seu refrescar.
Sentem as gaivotas todo o seu amor,
Com aquele bater de asas e piar insano,
Esquecido apenas com o teu beijar.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 19 de agosto de 2015


EMOÇÃO VIRTUAL

Ao ver-te assim flor!...
Se pudesse trincar e sentir um paladar,
Sentiria amor
Nesse teu beijar,
Sabor a morango vermelho na sua cor.

Cor da emoção,
Na sua felicidade pura e natural,
A confirmação
Neste virtual,
No amor que sentes e teres de dizer que não.

Luar esplendor,
Na lembrança sem voz, quando não se pode amar,
Sentindo essa dor
No seu desejar,
Pedindo aos deuses e ao vento que mude a seu favor.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 18 de agosto de 2015


SE PINTOR FOSSE

Se pintor fosse e soubesse pintar,
Traçaria na tela o meu destino,
Com fundo de luz do luar a brilhar,
Quadro belo do teu corpo divino.

Pintaria o amor que tens para dar,
O fogo que em mim, teu beijo ateou,
Com a tua formosa forma de amar,
Meu amor que por ti, cego ficou.

Pintaria o apagar da minha dor,
Com meu corpo quente juntinho ao teu,
Desenhava no céu, o nosso amor.

E pintaria o brilhar do teu rosto,
Com teu húmido lábio unido ao meu,
Com o esquecer de todo o meu desgosto.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

      

 PEDOFILIA

És pétala de cálice profundo,
De estame fechado, humedecido
Que projecta sua luz no Mundo,
Embora se sinta adormecido.

Pérola negra do seu sentir,
Com o seu sorriso, assim inocente,
Nesse seu corpo puro e decente,
De um Mundo triste que o fez ruir.

A rosa sem se sentir florida,
Da madrugada já esquecida,
Naquele pesadelo sem presente,
Com o seu amor, para sempre ausente.

Em ti se sente a sexualidade,
No sentido perverso e animal,
Ainda na sua tenra idade,
Levado por alma sem moral.

O desejo sem moralidade,
Dos seres podres da sociedade
Pedófilos no seu Mundo irreal,
Na ocasião, plantam todo o mal.

Naquele inocência de menina,
O crime de violência sexual,
Que na boa mente se abomina,
Desprezando este ser animal.

Necessita-se de lei severa,
Aqueles castigos exemplares,
Uma condenação que se espera,
A todo violador e seus pares.

Uma juventude assim perdida,
Bela inocência da própria idade,
Assim fica para sempre ferida
Ao perder sua sexualidade.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015


CRIANÇA DO FUTURO

Não sei a que distância,
O som é alcançado,
No tic-tac da vida,
Essa vida tardia,
Sem ter o seu legado,
Duma vida sentida.

Aquela criança negra,
Jaz na poeira da rua,
Num colorido cinzento,
Sem ter lei e sem regra,
Jaz pela poeira nua,
Sem grito nem lamento.

Que futuro terá,
À beira do caminho,
Tão longo e sempre escuro?
Que vida lhe dará,
O Mundo sem carinho,
À criança do futuro.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 13 de agosto de 2015


HUMANO SEM “SER”

Aqui, na orla do Mundo cão,
Morrer antes de ter vivido,
Se encontra o pequeno órfão,
Na amargura de ter nascido.

Vida sombria indesejada,
Encontra-se triste e vazia,
Sempre com a certeza adiada,
Da vida nascida e tardia.

Neste Mundo encontra-se só,
Perdido num imenso rio,
Repleto de mágoas e dó.

E sem ter verdades, nem fé,
Jaz por ali, no seu vazio,
Sem ao menos saber quem é.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015



AROMA SILVESTRE

Brisa suave do verde prado,
Aroma que teu corpo tem,
Assim tão frágil e agitado,
Teu perfume que até mim vem.

Primaveril colher da flor,
Bem antes de poder murchar,
Doce aroma do teu amor,
Alegre forma de beijar.

O belo som em harmonia,
Em teus lábios, o meu desejo,
Duma muda e firme alegria,
O sentir do teu doce beijo.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 11 de agosto de 2015


(IM)POSSIBILIDADES

Pouco a pouco, entre frases antigas,
Vejo-a e deixo de pensar…

Pouco a pouco, dentro de mim, a angústia
De não a poder beijar…

Na virtualidade da sua imagem,
Um raio de luar da sua beleza,
Lança-me um convite na incerteza,
De um dia poder fazer tal viagem.

Em sonhos, sinto o seu meigo abraço,
Nos meus lábios, o seu doce beijo,
Com a cabeça posta no seu regaço,
Esse culminar do meu desejo.

Pouco a pouco, sinto a possibilidade,
De a ter nos meus segredos…

Pouco a pouco a vontade de a alcançar
E vencer todos os medos.

Carlos Cebolo
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domingo, 9 de agosto de 2015


ABANDONADO

O relógio não para…
Retardado no tempo, espera a vida,
Como uma coisa rara.
Caminhada perdida,
Rugas profundas marcadas na cara.


Na solidão do encanto,
O abandono é seu esquecimento,
O jardim, o seu manto,
Seu olhar, o lamento
Duma sinfonia sem o seu canto.


No banco do jardim,
A vida que já por ele passou,
Pensamento ruim
Duma vida que amou
E que aqui vê chegar o seu fim.


Carlos Cebolo
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sexta-feira, 7 de agosto de 2015


ORIGENS

O Sangue corre pelas veias,
Branco e negro do seu legado,
Vermelho sangue que receias,
Da terra se sente afastado.

Nascer angolano e não o ser,
Por valor, a vida salvar,
Usurpado foi seu nascer,
Por não se deixar dominar.

Não querer viver acorrentado,
No país que sempre foi seu,
Com o terror que lá foi plantado,
Na mente de quem lá nasceu.

E pela liberdade, optou
Viver uma vida sentida,
Esquecendo o país que amou,
Com a tristeza também retida.

A força do sangue reclama,
A justiça que vai tardar,
Com o tempo, o arder da chama,
Destino que não vai falhar.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 6 de agosto de 2015


FERIDO POR NASCIMENTO

Minha alma gosta de viajar!...
Caminha sempre solitária,
No seu eterno caminhar,
Altiva e com sua mestria,
Olha o Mundo com o pensamento
E dele, guarda todo o momento.

Seu olhar triste e profundo,
Vê mágoas ainda retidas,
Tristezas estampadas do Mundo,
Abertas nas suas feridas,
Deixando ver o sofrimento,
Sem gritar por um só lamento.

Ódios estampados no rosto,
São visíveis a olho nu,
Por quem também sente desgosto,
Por ver o Mundo triste e cru,
Ser ferido por nascimento,
Com o futuro espalhado ao vento.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

    

 DESCONHECIDO

 No ignoto Mundo em que te perdeste,
A zona árida do meu coração,
O feliz amor que sempre me deste,
Perdido ficou na recordação.

Sentido profundo da solidão,
Nesse ignoto grito mudo perdido,
Vagueias teu corpo na perdição,
Daquele amor, que já não é querido.

E assim passa os anos no sofrimento,
Deixando ao longe ouvir o seu lamento,
Na tristeza que sua alma consente.

Vivendo os dias tristes, amargurada,
Vai-se sentindo ainda desejada,
Naquele amor que surge de repente.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 4 de agosto de 2015


OBSCURO

Por vezes, um pensamento insulta,
Com se fosse um punhal afiado,
Nessa hora em que a insónia avulta,
Vencendo aquele sono já adiado.

Entre os fantasmas duma alma inculta,
Habitam as sombras em repouso,
Daquele Mundo que tem o seu gozo,
Na tristeza que se encontra oculta.

Sonhos em delírios da certeza,
Sem Deus e sem sua Natureza,
Tudo fica tão triste na dor.

Sem a fé, o Mundo fica mudo,
Numa noite em que o fim é tudo,
Na repetição do seu torpor.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 3 de agosto de 2015


BASTA

E do verbo se fez amor,
Desumana mente que agride,
Inocentes com seu pavor,
Criminoso que assim transgride,
Não é um louco indesejado,
Será antes um Ser odiado.

Se me queres fazer feliz,
Não me venhas pedir perdão,
Evita fazer-me infeliz.
Não levantes a tua mão,
Assim como a voz que me cala,
Tua violência que me abala.

O gritar também é violento,
No insulto que deixas ficar,
O arrepender no teu lamento,
Dizendo que me queres amar
E que o ciúme é o vil culpado,
Do teu comportamento odiado.

Fraca mente que assim produz,
Essa violência para se impor,
Filho das trevas sem ter luz,
No seu amor, só causa dor,
Com comportamento imoral,
A índole doente e animal.

Carlos Cebolo
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