DOCES POPULARES
Cavacos e cavacada,
Com açúcar ou só com fel,
Come o povo em desfilada,
O perder do seu cartel.
A cavaca já estragada,
Na mente que não sarou,
Traz a morte anunciada,
Da política que herdou.
E vai o povo contente,
Por gostar ser maltratado,
Com a cavacada inconsciente,
Dum corpo já desgastado.
No preceito é ditador,
Tal qual a velha senhora,
Que ao povo implantou horror
E que a liberdade ignora.
O cavaco endurecido,
Quer impor e ser senhor,
Sem já ser apetecido,
Quer ainda ter valor.
Sem açúcar na dureza,
Sem o sabor da iguaria,
Já de nada tem certeza
E perdeu a confraria.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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