CANSA-ME A MADRUGADA
O cansar não me cansa,
Cansa-me a madrugada,
Com aquela solidão,
Que o espírito alcança.
Alma desalojada
De luz, na escuridão,
Numa noite sem fim
Que está dentro de mim.
Aquela escura vida,
Na Clareza do ser,
Da sua cripta aberta,
Com a luz esquecida,
Naquele entardecer,
Onde a vida deserta
Tomou conta de mim,
O princípio do fim.
E onde não estive,
Também não quero estar,
Com todo esse negrume,
Por onde não se vive
E não quero ficar,
Tristeza do costume,
Que me leva ao seu fim,
Esta fora de mim.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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