DOURO VINHATEIRO
Muitas vezes, esqueço-me das horas que passam,
Entre os outeiros, corre o riacho dessa saudade,
Levando pelo vento, os sonhos da mocidade,
Nesse caminhar que suas margens abraçam.
Os socalcos vincados na orgia da paisagem,
Entre os sombrios claustros daquela lucidez,
Sentem toda emoção em traços de embriaguez,
Daqueles vinhais floridos que formam a viagem.
É aquele douro vinhateiro no seu melhor,
Por entre as barragens de um rio profundo e escuro,
A beleza da terra fértil, trabalho duro,
Na paisagem deslumbrante com o seu calor.
E sobe-se o rio na frescura da sua aragem,
Nesse convívio fraterno de pura beleza,
Onde o inesperado será sempre uma surpresa,
Tornando sempre desejada tão bela viagem.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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