PENSAMENTO
E corta-se a corrente do ego
Neste pensamento sem fim,
Folhas, flores deste jardim,
Desejo de te ter, não nego.
O querer-te perto de mim.
E sopra este vento despido,
Do triste amor que não se sente,
Com sua dor indif’rente,
Nesse pensamento retido,
A triste vida que não mente.
E no sentir, todo o seu querer,
Pensamento que se retêm,
De um amor que tarda e não vem,
Com todo este triste viver,
Que é só meu e de mais ninguém.
Por não ser dif’rente do meu,
Não há força num só lamento,
Sem ter raiz no esquecimento,
De quem o amor, assim viveu,
Os tormentos do pensamento.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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