CIGARRA
Dos tempos que cantei, vou agora chorando,
Esse canto alegre que já foi passado,
Tempo quente de um sentir tão confiado,
Canto agora lágrimas que fui criando.
Se alguém me perguntar, não sei dizer quando!
Nem sei se alguma vez me senti enganado,
Ou se cantava apenas aquele passado,
Da juventude que o tempo foi julgando.
Sei que aquele meu cantar era de esperança,
No futuro que parecia brilhante,
Tão eterno como a pedra diamante.
E assim, repleto de toda a confiança,
Fui cantando esses desvaneios da mente,
Canções que ainda hoje, meu coração sente.
Carlos Cebolo
Sem comentários:
Enviar um comentário