COLONO
Naquela noite de calmaria,
Quando a lua no seu luar sentia,
Ele a própria vida semelhava,
Naquela terra que lhe sorria.
À noite no silêncio chorava,
Naquele pranto que a terra molhava,
Junto à rude barraca que ergueu
E onde com a família viveu.
Sendo colono, foi criador
E à própria terra roubou a cor,
A tez morena que o sol queimou,
Cultivando essa terra que amou.
Cobria o rosto esse agricultor,
Com essas mãos talhadas pela dor,
Colhendo o pão que o alimentava,
O homem forte que também chorava.
Chorava por amar quem amou,
A Terra bela que o acompanhou,
Em toda aquela sua aventura,
Talhando firme essa sepultura.
Carlos Cebolo
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