INVENTO-TE
Invento-te!...
Aguarelas pintadas no azul celeste,
Tocam minha alma numa canção de cor
E colho aquele beijo que não me deste,
Dentro da despedida contida na dor.
Esta triste condição de não te ter,
Adormece o encanto da paixão
E na sede, sem a fresca água beber,
Molho os meus lábios na pura ilusão,
Vertendo sorrisos de um tom amarelado,
Nesse tempo onde o querer ficou parado.
Invento-te!...
Por entre linhas de uma ternura sem igual,
Poesia convertida em toques de pura sensação,
Desejo sedento com o seu rubor carnal
Aquecido no regaço de uma fina combinação.
Essa vontade forte do querer e não ter,
Transforma o sossego do mar, em agitação,
Na volúpia sentida em ondas de prazer
Que do meu Ser, se liberta da emoção
E o azul do céu, colho para te entregar,
Tocando teus lábios com este meu desejar.
Invento-te!...
Deitada na calmaria desse verde cetim,
Liberta flor plantada no meu jardim.
Carlos Cebolo
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