ESTAR SEM ESTAR
Neste lugar me encontro,
Na multidão sem sentido,
Com esse terrível confronto,
De um passado já vivido.
Olho sem ver a origem,
Outros costumes ditados,
Sinto na vida a vertigem
Destes dias consumados.
E se alguém me interroga,
Do olhar distante e inconsciente,
Meu olhar não se revoga,
Por ter uma alma diferente.
Na conversa entre iguais,
Aguçam-se as memórias,
Lembranças e muitos ais,
Pintam as nossas glórias.
Nossa maneira de ver,
A vida que nos rodeia,
Unidos mostramos ser,
Na cidade ou na aldeia.
Nossa união contagia,
Aqueles que nos olham,
Sentido em nós a magia
E connosco também choram.
Carlos Cebolo
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