O TEMPO DAS CHUVAS
Correm as nuvens ao sabor do vento,
Lágrimas soltas caem sem parar,
Banhando o terreno como alimento,
Naquele calor que veio para ficar.
África com todo o seu esplendor,
Sente-se os relâmpagos e a trovoada,
O constante e pegajoso calor,
Sons vibrantes de nova madrugada.
E em ti, não se ilude o pensamento,
Usos e costumes da nossa terra,
Teus seios firmes ao sabor do vento,
Mistério profundo que em ti encerra.
No inconstante, a vida se transforma,
O amor em ti, cresce sem um lamento,
A a chuva que cai promove a reforma,
De menina a mulher, segue o pensamento.
A chuva quente que o teu corpo banha
E transforma a tristeza em alegria,
Produz alimento na seca entranha
Da terra, no contraste da magia.
Carlos Cebolo
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