Meu corpo feito de água,
Não gosta da chuva fininha.
No inverno cheio de mágoa,
Foge da neve que se adivinha,
Pede aconchego dum abraço,
Procurando um fogo que é teu.
E sem qualquer embaraço,
No teu Mundo se aqueceu.
Procuro o amor que senti,
Ao colar meu corpo ao teu,
As sensações que então senti,
Num fogo que não ardeu.
Pedi à deusa mais do que devia,
Afrodite chorou por mim,
Por não me dar o que lhe pedia,
Fazer do teu não um belo sim.
A deusa com pena de mim,
No teu corpo então entrou,
Fez do teu não o desejado sim,
E o meu corpo acariciou.
Despiu a túnica vermelha,
Que trazias sobre o corpo,
Ao meu lado se ajoelha,
Dando-me um belo conforto.
Teu corpo nu me fascina,
Olho teus olhos sem pestanejar,
Toda a minha alma se ilumina,
Com o amor que vejo no teu olhar.
Na noite fria de lua cheia,
Com o fogo da lareira a crepitar,
Sinto o sangue ferver na veia
E o coração pronto para amar.
O inverno torna-se ameno.
Vislumbro em ti o eterno altar,
Formado pelo teu corpo moreno.
À deusa dirijo minhas preces,
Ciente do seu grande valor,
Ela despe as minhas vestes,
E amamo-nos com todo o amor.
Lá fora a chuva parou,
Contemplando o sonho meu,
A lua cheia também chorou,
Fazendo do meu encanto o seu.
A Zeus, cobriu com um véu,
Ocultando-o com toda a perícia,
P’ra Afrodite subir ao céu,
Escondendo a sua malícia.
Carlos Cebolo
Mais uma vez,li e gostei.Continue por muito tempo amigo Carlos.(Flor Gomes)
ResponderEliminargostei imenso,continue florindo amigo...
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