Forte
Teia
07/09/2012
O amor,
Doce e sublime,
No movimento dos corpos,
E todo o seu ardor.
São esmeraldas,
Em águas cristalinas,
Num rio sem cor.
Teia apertada,
De aranha divina,
Feito do nada,
Traça a nossa sina.
Enredos tecidos,
Em fios de seda pura,
No ecrã surgidos,
Apareces nua.
Uma beleza adorada.
A nudez do teu ser,
Ilustrada com mestria,
Neste meu padecer;
Da triste hora tardia,
Faz-me teu refém,
Na tua teia elaborada.
Sou teu,
Sem te ter,
Sem me possuíres,
No amor que nasceu,
Neste nosso amanhecer,
De sentidos sentires,
Neste mundo meu.
Serei teu!...
Serás minha!...
No vulcão que arrefeceu,
Na incerteza que se adivinha.
Outro consolo encontraste,
Nas tristes horas tardias,
Deixaste o que amaste,
Na chama que não ardia.
A forte teia que aperta,
A vítima que luta,
Deixou de ficar alerta,
Nesta nossa vida curta.
Soltou-se o desejado,
Alimento deste amor,
Que da teia foi roubado,
Sem causar grande dor.
Carlos Cebolo
Sem comentários:
Enviar um comentário