NA ÂNSIA DE TE VOLTAR A VER
20/09/2012
Na ânsia de te voltar a ver,
Esqueço-me quem sou.
Sou pó,
Sou povo,
Sou nada.
A incerteza do encantamento,
De viver tão belo momento;
A grande vontade de vencer,
No longínquo dia de te voltar a ver.
Não me encontro só!
Apenas falo de novo,
Na nossa terra amada
E em todo este envolvimento.
Daqui, não vejo nada,
Deste nosso sofrimento.
Passam-se os anos,
Os meses vão rodando,
Os dias desaparecendo.
A terra tem novos amos,
O novo povo cantando,
A pátria e o seu sofrimento.
De longe nada vejo.
A terra vermelha na noite sonhada,
Enfraquece o meu desejo,
No amor da terra amada.
Tudo na mesma!...
O desenvolvimento que se apregoa,
Anda como uma lesma,
Devagar que até magoa.
O rico cada vez mais rico,
O pobre, miserável!...
Eu por aqui me fico,
Nesta outra terra saudável.
Carlos Cebolo
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