Noite
de Luar
03/09/2012
Naquela noite de lua tardia,
Com uma solitária brisa de vento,
Encontrei a escuridão vazia,
Numa dança sem movimento.
No enorme mar da minha loucura,
Naveguei sem ter destino,
No triste espírito do silêncio,
Sentindo toda a tua amargura.
Procurei o horizonte dourado,
Nas tristes ondas da despedida,
Desenhei todo o meu passado,
Nas asas de uma gaivota perdida.
Beijei a tua essência natural,
Com os meus lábios embriagantes,
Deste grande amor imortal,
Na tua boca nua e extasiante.
Querer morar no teu corpo,
Cheirar o teu odor matinal,
Na tua essência de amar;
Sentir o teu doce sopro,
Sem pudor e sem moral
E com o teu beijo despertar.
Invento-me com a tua doce carícia,
Liberto-te do manto da sedução,
Impregnado de tão doce malícia,
Em tons agudos, na sinfonia da paixão.
Naquela noite fria e sombria,
Senti a quente chama do teu vulcão,
Na fresca brisa da minha solidão,
No doce amor que em ti sentia.
Lágrimas guardadas na ousadia,
Libertas sem qualquer outra situação,
Acenderam a chama que já não ardia,
Dentro do triste e fechado coração.
Naquele meu mar sereno,
Banhado pela cheia lua,
Senti-te parcialmente nua,
E bebi o teu doce veneno.
Carlos Cebolo
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