NOSSO FADO
Bom Português se sentia,
O fadista que cantava,
Com alma de marinheiro,
Naquele mar que escondia,
Mistérios que acreditava,
Ter um país verdadeiro.
O fadista que cantava,
Com alma de marinheiro,
Naquele mar que escondia,
Mistérios que acreditava,
Ter um país verdadeiro.
Na terra onde o mar acaba,
Ou começa o belo fado,
A guitarra toca firme.
Ver o Mundo que desaba,
Esse destino trocado,
Com algo que o desanime.
Ou começa o belo fado,
A guitarra toca firme.
Ver o Mundo que desaba,
Esse destino trocado,
Com algo que o desanime.
A guitarra vai chorando,
Sem pausas e com soluços,
Faz do fadista valente.
O português vai sonhando,
Chora sobre ela de bruços,
Como se ela, fosse gente.
Sem pausas e com soluços,
Faz do fadista valente.
O português vai sonhando,
Chora sobre ela de bruços,
Como se ela, fosse gente.
Mares sem navegador,
Nas cordas duma guitarra,
Angústia e incerteza,
Plantam no fado a dor,
Que o próprio mar desgarra,
Na sua triste pureza.
Nas cordas duma guitarra,
Angústia e incerteza,
Plantam no fado a dor,
Que o próprio mar desgarra,
Na sua triste pureza.
Da boca do marinheiro,
Aquele fado cantado,
Na lua ténue do luar,
O Português foi primeiro,
Naquele mar navegado,
A outros povos amar.
Aquele fado cantado,
Na lua ténue do luar,
O Português foi primeiro,
Naquele mar navegado,
A outros povos amar.
Sente o país sem moral,
Operário sem ter pão,
Sementeira sem sementes.
Este pobre Portugal,
Que não lhe dá condição,
Com a pobreza que consente.
Operário sem ter pão,
Sementeira sem sementes.
Este pobre Portugal,
Que não lhe dá condição,
Com a pobreza que consente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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