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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 13 de março de 2014

   
    NOSSO FADO
Bom Português se sentia,
O fadista que cantava,
Com alma de marinheiro,
Naquele mar que escondia,
Mistérios que acreditava,
Ter um país verdadeiro.


Na terra onde o mar acaba,
Ou começa o belo fado,
A guitarra toca firme.
Ver o Mundo que desaba,
Esse destino trocado,
Com algo que o desanime.

A guitarra vai chorando,
Sem pausas e com soluços,
Faz do fadista valente.
O português vai sonhando,
Chora sobre ela de bruços,
Como se ela, fosse gente.
Mares sem navegador,
Nas cordas duma guitarra,
Angústia e incerteza,
Plantam no fado a dor,
Que o próprio mar desgarra,
Na sua triste pureza.
Da boca do marinheiro,
Aquele fado cantado,
Na lua ténue do luar,
O Português foi primeiro,
Naquele mar navegado,
A outros povos amar.
Sente o país sem moral,
Operário sem ter pão,
Sementeira sem sementes.
Este pobre Portugal,
Que não lhe dá condição,
Com a pobreza que consente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/

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