Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 31 de março de 2015


VAZIO

E tudo se encontra vazio!...
Mundo Parado no seu movimento,
No contraste do calor e do frio,
Arde no ar o sentimento.
Vazio Mundo sem o pensamento,
No cansaço que o corpo sente,
Declama o seu sofrimento,
No fugir da vida, assim de repente.
Na partida fluida do pensamento,
Agarra a vida em sofreguidão,
Na certa hora do seu lamento,
Arrefece e rasga o coração.
No calor dos teus braços,
Assim disfarço,
Com o coração ferido aos pedaços,
Sem sentir o teu abraço.
Procuro partir na serenidade,
Nas ondas do salgado mar,
Lembrando sempre a mocidade,
A tua doce forma de amar.
E no vazio da minha alma ardente,
Procuro a teu lado ficar,
Na dor que o corpo consente
E teus lábios poder beijar.
Neste vazio de alma ardente,
O calor que o corpo sente.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 30 de março de 2015


TEU SORRISO

Que coisa bela!...
Tudo me encantou!...
Aquele sorriso aguarela,
Que de ti despontou.
Sorriso que nele entrei,
Como quem entra no céu
E em ti, me encontrei,
Guardando o sorriso teu.
Foi aquele sorriso,
Que me levou ao encantamento
E me fez cativo
Daquele belo momento.
Sorriso doce e profundo,
Fresco e encantador,
Sorriso de um outro Mundo,
Com a beleza do seu calor.
O teu sorriso amor!...
O teu sorriso…
Encantou a minha dor.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 27 de março de 2015


O QUE FOI… NÃO É!

Com ossos nus,
A pele enrugada,
São homens comuns,
Com vida desgastada.
Outros idos tempos,
Outra vida sentida
Ao sabor dos ventos,
Da juventude perdida.
A esperança velha,
Na vida consentida,
Não há quem o valha,
Na tristeza vivida.

Mulher amante foi
Mãe e também avó,
Na velhice que rói,
Uma peça de dominó
No tabuleiro deixada,
Com vida desgastada.

Na vida tanto amou,
O velho que ali jaz,
Foi pai e grande avô
E tudo ficou p’ra trás.

Foi mãe e protecção,
Traçou sentimentos,
Orientou vidas,
Ouviu lamentos,
Sarou feridas
E deu o seu perdão.

O prémio compensador,
É ser hoje inútil,
No seu amor e sua dor,
Na sua triste vida fútil,
Viver de recordação,
Dando a última lição.

No seu silêncio, o grito!
No seu refugio, a presença,
O julgamento sem sentença
Na mente fica escrito.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 26 de março de 2015


O PASSAR DO TEMPO

É na hora morta do vivo dia,
Que o espírito pode descansar,
Vento com a sua fúria tardia,
Ninguém o pode fazer parar.

Talvez seja assim essa triste alma,
Que acha irreal essa pobre vida,
Vivida nessa aparente calma,
Com o sentir da vida perdida.

Sem o sopro do vento excessivo,
A alma sente medo de pensar,
No mistério deste Mundo activo,
Apenas se põe a meditar.

Pensa no tempo que vai passado,
Presente num futuro que cai
Naquela poeira que vai poisando,
Com o bom tempo que já lá vai.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 25 de março de 2015


PRIMAVERA

Talha-se o tempo na vaidade,
Deste Mundo quotidiano,
Numa procura da verdade,
Esse esforço sobre-humano.

E a vida se vai escondendo,
Por entre a verdade e a mentira,
Primavera que vai morrendo,
Miséria que ninguém as tira.

São crianças com sede e fome,
No lixo procuram a sorte,
De uma mágoa que as consome,
Vidas cruzadas com a morte.

Procuram pela primavera,
Triste humanidade perdida,
Tendo a morte sempre à espera,
No inverno da sua vida.

É o contraste de um mundo cão,
O Mundo da desigualdade,
Onde muitos vivem sem pão,
E outros não vêem a verdade.

Nesta primavera florida,
Flores murchas vivem no jardim,
Olhando a vida divertida,
Esperam sós, pelo seu fim.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 24 de março de 2015


PARA TI

Para ti!...
O meu olhar,
O desejo que senti,
A vontade de te amar.
Para ti!...
O meu segredo
Guardado no coração,
Vencer o medo,
Apertar a tua mão.
Para ti!...
O meu desejo,
No querer, sentir e amar,
O sabor do meu beijo,
O teu corpo desejar.
Para ti!...
O meu ardente amor,
A esperança a renascer,
O terminar da dor,
O teu novo amanhecer.
Para ti!...
O brilho da lua,
Que te quero oferecer,
Na verdade nua e crua,
Ao teu lado adormecer.
Para ti !...
A minha amizade,
Uma vida a sorrir,
Amor sem idade,
Loucura do sentir.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 23 de março de 2015


DESPEDIDA

Orvalhadas na face nua,
Formam rio de incerteza,
Naquele delírio da partida.

Brilho cinza da linda lua,
Sem de nada ter certeza,
Deixam de lado a despedida.

Cânticos sem sons de alegria,
Na tristeza da nuvem despida,
Quebram aquele elo de magia,
Na triste e dolorosa despedida.

Emoções traçadas no rosto,
Risos forçados e sequiosos,
Espelho traçado de desgosto,
Deixam a Pátria receosos.

Sem aceitar o destino da partida,
Activam o espírito conquistador,
Que os leva a encarar a despedida,
Disfarçando na alegria a sua dor.

Despertos num abraço apertado,
Perdem-se sem terem rumo certo,
Na esperança do regresso desejado,
No toque duma tecla, ficar por perto.

Procuram o néctar da melhor flor,
Entre traços imaginários fronteiriços,
Galgam quilómetros com sua dor.

Lembram ao Mundo, o valor passado,
Espírito aventureiro dos magriços,
Que ao Mundo, deixaram o seu legado.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 20 de março de 2015

  

QUANDO EU VOLTAR

Tempo difícil que me fez partir,
Com ele cantei e também chorei,
Sem saber ao certo por onde ir,
Quilómetros agrestes, caminhei.

Quando puder voltar para os teus braços,
Num tempo perdido p’ra regressar,
Por espaços vazios aos pedaços,
O teu quente amor, de novo encontrar.

Do meu peito sofrido e palpitante,
Brotam lágrimas de eterna saudade,
No contraste do teu riso incessante.

No teu corpo querer o meu poisar,
Quando eu voltar em plena liberdade,
Com este amor que tenho p’ra te dar.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 19 de março de 2015


AO MEU SAUDOSO PAI

Hoje o meu Pai se fosse vivo, teria 93 anos.
Seria uma linda idade para se festejar, se assim fosse a vontade do Criador.
Não sei ao certo se existe vida depois da vida, mas uma coisa sei de certeza. Estejas aonde estiveres, com vida ou sem vida depois da que viveste, serás sempre lembrado por este teu descendente com carinho e muito amor.
Procuro sempre seguir o teu exemplo e transmitir aos meus, também teus descendentes, a filosofia de vida que me ensinaste: Humildade; seriedade; responsabilidade e perseverança e acima de tudo, respeito pelo nome herdado dos nossos antepassados, sobre o qual temos o dever de o proteger e elevar, apresentando-o limpo e digno às gerações futuras.
Por tudo meu Pai, o meu muito obrigado. Um grande abraço e até um dia.
Este poema também é para ti, por tudo que me ensinaste – Obrigado pai

DIA DO PAI
       
Neste teu dia pai!...
Ensina-me a amar!
A perceber o imenso mar,
O Universo com seus astros,
O renascer dos dias gastos.
Sê paciente pai!...
Enquanto for pequenino!
Deixa-me brincar e sonhar…
Estragar para aprender,
Mexer, remexer e analisar,
Para tudo poder compreender.
Mostra-me o que fazer sem ralhar!
Ensina-me o bem e o mal,
Leva-me a passear,
Fala-me do verdadeiro Natal.
Do nascimento do Deus menino,
De como eu nasci,
E porque sou pequenino.
Neste teu dia pai!...
Mostra-me o Mundo em que vivemos,
A razão da riqueza e da pobreza,
De tudo o que merecemos,
O porquê de tanta tristeza.
Pai!...
Enquanto eu for pequenino,
Dá-me carinho e muito amor,
Ensina-me a suportar a dor,
Mesmo sendo um menino.
Não me deixes crescer na ignorância,
Mostra-me a realidade da vida,
A miséria e a abundância,
Os mistérios da partida.
Neste teu dia pai!...
Ensina-me a verdade,
A encarar a morte com esperança,
Viver a vida com alegria,
Fazer algo que promova a mudança,
Neste Mundo que se cria,
O amanhã, o hoje e ontem.
Neste teu dia pai!...
Ensina-me o ser homem.
Este teu dia pai!...
Embora um pouco prematuro,
Com o tempo que já lá vai,
Será meu dia no futuro…
Carlos Cebolo
                                carlosacebolo.blogspot.com/
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quarta-feira, 18 de março de 2015

        

  PAI
      
O nome que vem do pai,
Não é nosso afinal!...
É nome que connosco vai,
Até ao destino final.
Foi herdado com carinho,
De geração em geração
Para nos ensinar o caminho,
Amando com o coração.
Pai é salvador permanente,
Semente da flor que nos criou,
É protecção sempre presente,
No mundo que sempre amou.
Pai,
É orientação,
Fortaleza,
União,
Apoio com que conto,
Sem qualquer condição.
Ser pai é ser presente,
Nas boas e más horas,
É estar sempre pronto,
Embora pareça ausente,
Aparecer quando choras.
É ponte,
É porto seguro,
Abrigo constante,
Faça luz ou esteja escuro,
É presença incessante.
Pai!
É força,
Segurança,
Certeza,
Afirmação.
É nome sagrado em escrituras,
Proclamado como rei,
Pintado em muitas figuras,
A quem também orei.
Pai,
É progenitor,
Criador,
Amor escondido.
Força da natureza,
Lembrado na hora da aflição,
Um amigo querido.
Com ele tenho a certeza,
De alegrar meu coração,
Com toda a clareza,
Neste Mundo sofrido.
Carlos Cebolo
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terça-feira, 17 de março de 2015



ESTAREI CONTIGO

Sempre que te sentires triste,
Estarei contigo,
A enxugar as tuas lágrimas.
Estarei contigo,
No triste momento da dor,
Para te alegrar.
Ao sentires a brisa passar,
Na tua face molhada,
Serei eu a enxugar a tua lágrima.
Sempre que sentires calor,
Será o meu beijo quente,
Lembrando-te o meu amor.
Estarei contigo,
Ao sentires o arrepio,
Aquela pele de galinha em teu corpo,
Que te deixa frágil,
Serei eu amor, cobrindo-te do frio.
Estarei contigo,
Em todo o bom ou mau momento,
Quando sentires medo,
Chama-me em pensamento
E estarei contigo,
Neste nosso segredo.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 16 de março de 2015


TEMPO SEM TEMPO

Este tempo está cada vez mais pesado,
Sem eu saber se devo crer ou descrer,
Com o pensamento de estar enganado,
Sempre com esta forma de se viver.

No querer viver com a hora que morre,
Acabar com a triste desilusão,
Querendo parar este tempo que corre,
Entre suspiros do pobre coração.

Outros tempo com uma vida que fica,
Neste tempo que corre para o seu fim,
Com esta pobreza que se julga ser rica.

E com esta vida insana sempre constante,
Pensamento que corre dentro de mim,
O momento que não o quero distante.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 13 de março de 2015


TRANSFORMADOR

No meu isolamento,
Teu olhar embalou meu coração.
Saiu do sofrimento
Contigo pela mão
E deixou fluir todo o sentimento.

Assim se faz poesia,
Versos populares d’alma da gente,
Fértil em fantasia
Que vive alegremente,
Fazendo da sua dor, alegria.

É o poeta cantante,
Dono e senhor da eterna magia,
Eterno caminhante,
Naquele sonho que o guia,
Transforma a dor, com magia constante.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 12 de março de 2015


A ESPERANÇA MATOU A FLOR

A esperança matou a flor,
E murchou o belo jardim,
Lugar onde não há amor,
Tornou-se p’ra sempre ruim
Nem mesmo para passear,
Já não é o mesmo lugar.

E por onde a foi procurar,
Aquele jardim que sempre amou,
Foi deserto no seu pensar,
O amor que não encontrou,
Quando por lá foi passear,
Levando n’alma o seu pensar.

Por onde andou a afeição,
A flor murcha não quis florir,
Por lá não andou o perdão
E o amor se negou a sorrir,
Por não ter casa onde habitar,
Seu corpo e alma sossegar.

Na nascente que lá secou,
A água deixou de correr
E o amor que o tempo levou,
Também fez o jardim morrer,
Sem nada mais ter para dar,
Não continua a caminhar.

Não mais pensou ter esperança,
Nem afeição que lhe desgaste,
Enquanto tiver na lembrança,
Aquele amor que tu rasgaste,
Por não o quereres mais usar,
Nesse teu pobre caminhar.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 11 de março de 2015

      
   
RENASCER

Quanta saudades, que loucura!...
Desejo de recomeçar,
Que sinto na minha procura,
O meu eterno caminhar.

Coisa sem ter explicação,
Fraqueza que quero ocultar,
Nesta constante prontidão,
Esta vontade de te amar.

Ser bela Fénix renascida,
Nas cinzas da renovação,
Sonhos desfeitos, despedida,
Sons suaves duma canção.

Este lindo momento eterno,
Duma saudade singular,
Belos dias quentes do inverno,
Aquecidos com o teu beijar.

O renascer da esperança,
Dum jardim sem ter sua cor,
Novos motivos da mudança,
Brotar do meu peito sem dor.

Neste colher dia após dia,
Sem ter nada para explicar,
O sentir fugir da alegria,
No renascer que quer brotar.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 6 de março de 2015

     
 SER POETA

O que outros não encontram,
O poeta lá vai buscar,
Na alegria e na tristeza,
O gesto de puro amar
Belas palavras que encantam
O sentir da Natureza.

É um sentir diferente,
Força do bem e do mal,
No escrever o seu legado,
Tornando-o imortal.
Essa dor que o Mundo sente,
À poesia está ligado.

E do próprio pensamento,
De onde sai sua evasão,
No remar contra a corrente,
Entre a luz e a escuridão,
Retrata todo o momento,
Que o próprio Mundo consente.

Num amar constantemente,
Os sentires da emoção,
Vai traçando seu ideal,
Sem desviar a atenção,
Dessa dor que o Mundo sente,
Nas forças do bem e mal.

No amar sem ser amado,
Deixa correr o seu pranto,
Do coração já cativo,
Espraiando o seu encanto,
Correndo estando parado,
Sentir dor sem ter motivo.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 5 de março de 2015


AQUELA NOSSA CANÇÃO

Aquela nossa canção,
Amor, lembra-te agora!...
Fecha os olhos, ouve a tua voz,
Faz-me doer o coração,
A minha alma também chora,
Mas não estamos sós.

Para a eternidade ficou o momento,
O tempo não parou,
Floriram sentimentos,
Mas o tempo não voltou.

Passou o tempo, ficou o desejo,
Aquele luar que não vinha da lua,
Aqueceu o teu doce beijo,
Sentidos na alma nua.

Aquela nossa canção, Amor!...
Nas estrelas ainda toca,
Sente-se o violino e a sua dor,
O desejo que provoca,
Aquela sensação de calor.

Cantarolavas só para ti,
Tua voz meiga e calma,
O aroma que senti,
No abrir da tua alma,
A canção que repeti.

Carlos Cebolo
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