A ESPERANÇA MATOU A FLOR
A esperança matou a flor,
E murchou o belo jardim,
Lugar onde não há amor,
Tornou-se p’ra sempre ruim
Nem mesmo para passear,
Já não é o mesmo lugar.
E por onde a foi procurar,
Aquele jardim que sempre amou,
Foi deserto no seu pensar,
O amor que não encontrou,
Quando por lá foi passear,
Levando n’alma o seu pensar.
Por onde andou a afeição,
A flor murcha não quis florir,
Por lá não andou o perdão
E o amor se negou a sorrir,
Por não ter casa onde habitar,
Seu corpo e alma sossegar.
Na nascente que lá secou,
A água deixou de correr
E o amor que o tempo levou,
Também fez o jardim morrer,
Sem nada mais ter para dar,
Não continua a caminhar.
Não mais pensou ter esperança,
Nem afeição que lhe desgaste,
Enquanto tiver na lembrança,
Aquele amor que tu rasgaste,
Por não o quereres mais usar,
Nesse teu pobre caminhar.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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