DESPEDIDA
Orvalhadas na face nua,
Formam rio de incerteza,
Naquele delírio da partida.
Brilho cinza da linda lua,
Sem de nada ter certeza,
Deixam de lado a despedida.
Cânticos sem sons de alegria,
Na tristeza da nuvem despida,
Quebram aquele elo de magia,
Na triste e dolorosa despedida.
Emoções traçadas no rosto,
Risos forçados e sequiosos,
Espelho traçado de desgosto,
Deixam a Pátria receosos.
Sem aceitar o destino da partida,
Activam o espírito conquistador,
Que os leva a encarar a despedida,
Disfarçando na alegria a sua dor.
Despertos num abraço apertado,
Perdem-se sem terem rumo certo,
Na esperança do regresso desejado,
No toque duma tecla, ficar por perto.
Procuram o néctar da melhor flor,
Entre traços imaginários fronteiriços,
Galgam quilómetros com sua dor.
Lembram ao Mundo, o valor passado,
Espírito aventureiro dos magriços,
Que ao Mundo, deixaram o seu legado.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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