GÉLIDO
E de côncavo a vida se reveste,
Esperança traçada como destino,
No sentido e triste amor que não tiveste,
O sonho sentido no teu desatino,
Foi fruto que secou sem gerar calor,
Na renúncia ferida dum grande amor.
Esta terra seca que o há-de inumar,
Cobrindo esse triste corpo arrefecido,
Será frescura como a brisa do mar,
Gélido como esse amor entristecido,
Que do teu querer, transformou o calor
Naquele amor que só sentiu sua dor.
Naquele ambiente, murmúrio de queixume,
Entre espasmos de uma agonia presente,
Onde tudo esmorece com tal perfume,
Salvam-se as emoções sentidas na mente,
Que procura a custo manter seu fervor,
Tentando salvar, uma réstia de amor.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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