POEMA DO EXILADO
Nada sou, nada posso e com isso convivo,
Traço na ilusão, aquele ser sempre cativo,
Cativo do amor que não sei compreender,
Nem mesmo sei, se é isso que me faz sofrer.
E paira no ambíguo, este traçado destino,
De nada eu ser, nem mesmo de valer a pena,
Viver nesta ilusão deste meu desatino,
Com esta alma que não deixa de ser pequena.
Inútil consciência de uma morta ilusão,
Deste prazer que é nada, mas fere a razão,
Entre mágoas na indiferença de viver.
Exilado num mundo que parece real,
Na procura de meios que o torne imortal,
O poeta procura de novo renascer.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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