BELEZA DA VIDA
No silêncio compassado que se deixa ouvir,
Sente-se os sons esquecidos entre seus espaços,
Nessa surdez gritante que procura emergir,
Entre as sensações que rasgam os seus próprios traços.
Como aguarelas sem cor, numa tela já fria,
Mostram aquela
natureza morta esquecida,
Entre pinturas
quentes dum quadro que se cria,
Envolvido em recordação da vida tardia.
Naquele sentimento apagado pela amargura,
Fixa-se em cordas soltas toda aquela tristeza,
Que encobre a felicidade nessa nuvem escura.
Com todo o desassossego da triste alma sentida,
Contrariando toda aquela vil natureza,
Eleva a voz, louvando a beleza desta vida.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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