JARDIM DE PALAVRAS
Palavras soltas, flores ao vento,
Que nos meus sonhos estiolaram
Todas as dores que não secaram,
A flor triste do sentimento,
Nessa glória que não acharam.
Quem era, quem sou, eu não sei,
Serei rosa, cravo ou jasmim,
A vida que chega ao seu fim,
Entre estas palavras que herdei,
Plantá-las-ei no meu jardim.
Serei apenas sombra certa,
Na eterna luz do pensamento,
Que aguarda o esperado momento,
Do oásis na folha deserta,
No sossego deste tormento.
Jardim de palavra florida,
Esse eterno caixão floral,
Esgrime a vida agradecida,
Entre o moral e o imoral,
Em tela pintada e tecida.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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