O FUGIR DO TEMPO
Aparece a flor no seu florescer,
A flagrância suave da natureza,
Caminham lado a lado na incerteza,
Nesse poente do seu anoitecer.
Caminham o amor e o tempo de mãos dadas,
Por anos e anos de companhia,
Daquela vida que se faz tardia,
Alimenta os sonhos das madrugadas.
Na combinação do tempo e do amor,
Mostrando já indícios de cansaço,
Acelera o tempo o seu já largo passo,
Procurando fugir daquela dor.
Vai o amor nos seus passos vagarosos,
Sem acompanhar o tempo que voa,
Tão ligeiro na fúria que magoa
O companheiro com passos receosos.
Ó tempo! Tempo! Vai mais devagar,
Solicita o amor ao seu companheiro,
Não tenhas pressa para seres o primeiro,
Não fujas neste nosso caminhar.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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