ABRIL
E um império se desfez,
À custa da liberdade
Na Nação da desigualdade,
Ficou o povo sem vez.
Canta Abril em desfilada,
Os que eram, já não são,
Suores frios pelo chão,
Desta vida desgastada.
E o Mundo rola e avança,
Como uma força motriz,
De um povo sem seu cariz,
Não se promove a mudança.
No trabalhador sem sorte,
O capital é quem manda,
Numa vida que desanda,
Rumos traçados sem norte.
E o cravo perdeu a cor,
Do sangue que se verteu
E o império que se perdeu,
Na guerra com outra dor.
Mal menor que floresceu,
Um país com seus meninos,
Portugal dos pequeninos,
Que na Europa renasceu.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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