SENTIDOS NOVOS
De repente paro o meu pensamento,
Será cegueira ou o deixar de ouvir?
Silêncio do teu constante lamento,
O simples chorar ou o teu sorrir…
O murchar das flores desse jardim,
Pálpebras cerradas do teu olhar,
Nesse meu desassossego que escurece
Todo aquele amor que surgiu assim,
Sem ouvir nem ver todo esse pensar
Que o meu próprio silêncio não esquece.
Será algo assim que me desencanta,
Águas de uma torrente já passada,
Que pouco a pouco essa esperança espanta.
Nesse passar do Estio, o Outono volta
A abrir a brecha que não foi sarada,
Aumentado toda aquele revolta.
É preciso construir novas pontes,
Que adornem esses caminhos floridos,
Abrindo linhas de novos horizontes,
Talhando no velho, novos sentidos.
Necessário será escutar e ouvir,
O canto encantado da cotovia.
Saber ler entre
linhas do sorrir,
Antes que a vida
se torne tardia.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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