SEXTA-FEIRA SANTA
No Sepulcro esse silêncio é profundo,
Símbolo de morte e da Ressurreição,
Imagina-se o corpo do Senhor!...
O Sudário que ficou neste Mundo,
Lembrado numa profunda oração,
Com cânticos de amor e de grande dor.
A passagem dos séculos que deslumbra,
No meu peito o grito mudo que ecoa,
Angústia que se acentua num cego,
Como aquele medo escondido na sombra
Que a morte a descoberto não perdoa,
Sendo a Ressurreição apenas eco.
Divino corpo, sozinho na cova,
Iluminando e cobrindo
os Jazigos,
Dá-nos esperança nessa Ressurreição.
Sentidos seculares que se renova,
Por entre crenças e símbolos antigos,
Indicam os caminhos da salvação.
E se a verdade fosse assim sentida,
Como sentida é Sexta-Feira Santa,
Estaria o Mistério a descoberto.
No sentido de uma cruz invertida,
Essa negra visão que ao mundo espanta,
Ter a morte como destino certo.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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