E LÁ HAVIA LUAR
No íntimo da sua alma se apagaram,
Deixando em nudez o seu pensamento,
Numa inocência de um doce momento,
Sentir de um amor que imaginaram.
No verdadeiro amor, a vil tristeza,
Belas flores bailando no ar sombrio,
Num jogo, promovendo o desafio
Da alegria sentida na incerteza.
Sente-se o aroma dessa terra florida,
Onde em tudo se sente essa saudade,
Desses anos verdes da mocidade,
Nesse carinho de uma alma perdida.
Em tudo o vento soprou e levou,
Deixando meu coração desgraçado,
Com o amor que ficou assim guardado,
Naquele fruto proibido que se amou.
Falou-me o sol desse triste destino,
Esse apagar de um fado quente e lindo,
Onde a lua no seu voar vai sorrindo,
Desfazendo esse sonho de menino.
Carlos Cebolo
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