POENTE TRISTE
O poente, só por ser poente é triste,
Tão triste como a vida que passa,
Sem florir e sem ter sua graça,
Um passado que já não existe.
Nesse querer alcançar o presente,
Ser mais rápido que o pensamento,
O rei sol arrasta o seu tormento,
No ocaso inquietante que se sente.
Ferve o sangue nessa plenitude,
Todo o poente traz o seu nascente,
Como o futuro segue o seu presente,
Mas nada nos leva à juventude.
Esperanças novas dessa inocência,
De quem procura esse seu desejo,
Almas próximas trocando seu beijo
E o ser feliz, ficou na adolescência.
Carlos Cebolo
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