MÃE ÁFRICA
Foi árvore, deu mirangolo,
O sabor da maravilha,
Essa mãe preta e o seu colo,
No aconchego sem mantilha.
Deixa a verdadeira vida,
A árvore do meu saber,
Sentiu-se infeliz na partida,
Naquele triste amanhecer.
Da terra triste e queimada,
Na saudade lembra a vida,
Com essa lágrima chorada,
O seu filho na partida.
Deu sombra ao seu homem branco,
Criou as próprias raízes,
Criou as próprias raízes,
O cultivo em lume brando,
Desses tempos infelizes.
Desses tempos infelizes.
Pelo povo deu a vida,
Mirangolo no saber,
Colheu o sol de cada dia,
Com ele plantou seu amor.
Carlos Cebolo
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