NAQUELE IMBONDEIRO
Naquele imbondeiro amor!
Quantas vezes te vi passar,
Entre os pingos de chuva que o sol filtrava,
Formando o arco-íris de linda cor.
Bandos de pássaros a esvoaçar,
Tingiam de som o ar que eu respirava
E as múcuas tinham muito mais sabor.
Naquele imbondeiro amor!
Junto ao enorme morro de salalé,
Passeavas teu corpo na nudez da tua beleza
E em mim, se sentia o teu calor.
As formigas zumbiam ao meu redor
E num convite com extrema fé,
Colhi o fruto da tua nobreza.
Naquele imbondeiro amor!
Soberbo tronco arredondado
Onde trocamos o nosso primeiro beijo,
Sorvi todo o teu sabor
E da tua beleza fiquei enamorado
Sentindo em ti, todo aquele desejo
E o gosto daquele nosso fervor.
Naquele imbondeiro amor!
O nosso encontro foi constante
E as horas passavam em constante desafio,
Naquela incerteza mas sem temor,
Seguíamos sempre adiante
Sem preconceito ou outro calafrio,
Que nos lembrasse o tom da nossa cor.
Carlos Cebolo
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