O ARMÁRIO
Olho as falésias desta vida,
Os armários que estão fechados,
Deixados nessa despedida,
Todos os nossos sonhos guardados.
Olho as gavetas sem abrir,
Cartas e fotos escondidas,
Retracto do menino a sorrir,
Aquele adeus das despedidas.
Por lá, está fechado o passado,
Não o deixes assim fugir,
Que o futuro está lá guardado,
Nesse armário por se abrir.
Deixa essas gavetas em paz,
Com demónios e seu destino,
Todo aquele tempo de rapaz,
Deixastes quando eras menino.
No armário está a imaginação,
Também a foto esmaecida
E tudo isso é recordação,
Daquela triste despedida.
Carlos Cebolo
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