Acerca de mim

A minha foto
Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 31 de outubro de 2019



UM OUTRO OUTONO

Se eu quisesse apenas falar do Outono,
Esse tal que veste a mãe natureza,
Não teria a memória um outro dono,
Nem o amor, teria tanta tristeza.

Assim falo do outono vivo em nós,
Anos, meses e dias já passados,
Os minutos moribundos e sós,
Nos peitos palpitantes, trespassados.

Falo daquele olhar vago e distante,
Lembrando aquelas já velhas quimeras
Da primavera da vida radiante.

Falo do amor de uma juventude plena,
Aqueles tempos risonhos de outras Eras,
Que fazia a vida, valer a pena.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 30 de outubro de 2019



PROCURANDO COM O OLHAR

O que procura, está no seu olhar,
Com a dor que a fere, busca um abrigo,
Sempre a pensar na formação do lar,
Essa tristeza e dor, leva consigo.

Sem nunca pensar nesse ideal desfeito,
Tenta mostrar aquele sorriso terno
Que à noite, desaconchegada no leito,
Todas as primaveras serão inverno.

Sem ser amor, também não é sorriso
Que esses seus lábios procuram mostrar,
São traços de dor de um gesto impreciso,
Procurando essa ajuda com o seu olhar.

E sem saber se é amor ou imperfeição,
Ou esposa sensual que procura ser,
Esse seu amor foi apenas ilusão,
De uma juventude que a fez sofrer.

Carlos Cebolo


terça-feira, 29 de outubro de 2019



TORMENTOS

Canto para ti, mulher do meu sonhar,
Sem te ver e sem sentir o teu carinho,
Nesse meu sonhar, fico sempre sozinho,
De noite e dia, fixando o meu pensar.

A canção que sempre canto para ti,
No pranto da poesia todo o meu encanto,
Desse amor impossível que já senti,
Talhado e escondido nesse negro manto.

Será sempre essa saudade em tom gritante,
Em estilo antigo, numa época diferente,
Longe deste meu mundo, esse amor distante,
Que no meu sonho estará sempre presente.

Em vão, procuro achar a recordação
Que atormenta com sonhos esta minha alma,
Nesse sossego, em perfeita escuridão,
Que no sentir da madrugada se acalma.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 28 de outubro de 2019




VIDAS SOLTAS

Como a borboleta, a sua beleza,
Sai da crisálida ainda menina,
A mulher jovem que a vida ensina,
Em ser mulher nessa natureza.

Estames suspensos dessa flor,
Que esse tempo formou a menina
Em mulher doce que a vida ensina,
Com traumas que lhe causam a dor.

Nesse nascer, a vida se oculta,
Desse amor com que sempre sonhou
E com o tempo se modificou
Em dor, acentuando sua culpa.

Borboleta volta a ser lagarta
E temendo essa sua beleza,
Renega na vida a natureza,
De ser mulher nessa vida ingrata.

Carlos Cebolo




sexta-feira, 25 de outubro de 2019



PARA TRÁS FICOU O DESTINO

Meu pensamento corre para trás,
Vai correndo no seu desatino,
No seu caminhar procura ter paz,
Traçando assim um novo destino.

Chegado o Outono, chega este frio,
Sol oblíquo no seu esconder,
Esse seu pensar sempre vazio,
O seu passado vai percorrer.

Grisalhos cabelos flutuando,
Naquela calvície prematura,
Com o passar do tempo vai cismando,
Que a juventude foi aventura.

Chama pelo florir da Primavera,
Sossego que os anos vão trazendo
E o passado presente fica à espera,
Dessas lembranças que vão morrendo.

Carlos Cebolo



quinta-feira, 24 de outubro de 2019



ESSÊNCIA DA MULHER

Inútil será não louvar a beleza,
Da flor mais bela, corpo de mulher,
Pétalas soltas ou ainda a florescer,
Fica a formosura nessa certeza.

E com a idade se torna mais ditosa,
Naquele aroma suave do prazer
Que dita a experiência desse entardecer,
De um corpo são, em vida tão airosa.

Rosa florida em total abertura,
Mostrando sorrindo a sua beleza,
Dotes seculares da mãe natureza
Que na mulher, traça aquela aventura.

Quando esse amor, por muitas se reparte,
Entre cadências da vida serena,
Em astucia a alma não é pequena,
Fazendo do amor, a sua enorme arte.

Carlos Cebolo






quarta-feira, 23 de outubro de 2019



CHORAM AS GAIVOTAS

Choram as gaivotas junto ao mar,
O mar de tamanha desilusão,
Chorando continuam a esvoaçar,
Ecoando o canto na imensidão,
Levado pelas ondas no alto mar.

À beira do mar, chamo por elas,
Peço que encontrem o meu amor,
Pelo mundo algures, entre as mais belas,
Lágrimas soltas de tristeza e dor,
Vagando em todas as caravelas.

Levai sem demora este beijo meu,
O sorriso aberto em terno olhar,
Desta triste alma que se perdeu,
Levado pelas ondas deste mar,
Deixando solto este amor que foi teu.

Vai gaivota com esse esvoaçar,
Voa para além do horizonte,
Esta dor, faz meu peito gelar,
Como a fria água do alto monte,
Irá fria ao encontro do mar.

Carlos Cebolo





terça-feira, 22 de outubro de 2019



MOMENTOS

Não tenho palavras,
Apenas ideias multiplicadas
Sobre traumas sentidos
Que me paralisam a mente.
Nuvem perturbadora
Que me confunde o espírito
Em momentos de loucura,
Quando penso em ti.
No meu imaginário sinto-te,
Como se sente a chama da vida,
Mas na realidade, apenas sonhos…
Aqueles sonhos que me atormentam,
Por te não poder tocar.
Aquele sonho que me consome a alma
Já desgastada e parada no tempo.
Ficam os momentos,
Momentos de uma vida não sentida,
Aquele nosso olhar que se cruza,
Numa cumplicidade secreta,
Quando no imaginário, nos sentimos.
Se acontecer um dia,
Voltarão as palavras
E toda aquela alegria de viver
Que em sonhos se concretiza.
Surgirá algo de belo,
Algo novo a descobrir
Que não deixarão de ser momentos
E essa alegria de viver recomeçará!

Carlos Cebolo


segunda-feira, 21 de outubro de 2019




COMPARAÇÃO

Para lá do mar, nada se vê,
São sonhos de um tremendo fim,
Quando se olha sem saber o quê,
Nem o porquê do mar ser assim.

Beleza sem ser algo sério,
Mulher com o seu encantar,
Deixa no ar o mistério
E tristeza nesse olhar.

Todo o mar tem o seu amor,
Nas ondas a sedução,
Um arco-íris de encanto e cor,
Na mulher tem comparação.

Em ti, encontro beleza,
Amor que nem sempre tive,
No sabor da natureza,
Fresco mar onde se vive.

Azul mar, mulher ardente,
No natural tanta beleza,
O doce sal que a alma sente,
Frescura da natureza.

Por seres mulher, tens fervor
No sangue que te alimenta,
Na incompreensão sentes dor,
Da vida que se ausenta.

Mar, mulher e sedução,
Que este meu corpo em ti sente,
Na embriaguez da emoção,
Transpira o amor que consente.

Carlos Cebolo





sexta-feira, 18 de outubro de 2019



TEMPOS LONGÍNQUOS

São tempos que já lá vão,
Longínquos como se quer,
Haja inverno ou verão,
Talha a terra com saber.

A terra pinta-lhe o rosto,
Tira os eu último sorriso,
Trabalha sempre a seu gosto,
Com ela perde o juízo.

Do nada, fez suas casas,
As casas onde viveu,
O seu sonho ganhou asas
E o seu mundo assim cresceu.

Sem qualquer hesitação,
Nas horas amarguradas,
Tirava da terra o pão,
Lembrando as noites choradas.

Mais tarde no fim da vida,
Depois de tantas doenças,
A quinta que foi erguida,
Aumentava as suas crenças.

Com todo aquele seu lavrar,
Foi-se o tempo e acabou,
A terra que quis amar,
Foi a terra que o matou.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 17 de outubro de 2019



À PROCURA DA VERDADE

Por vezes procuramos a verdade,
Que se encontra sempre diante de nós.
Corremos para procurar a claridade,
Neste mundo em que nunca estamos sós.

Não se sente o que julgamos sentir,
Outros sentidos confundem a mente.
Pântanos da vida que nos vão ferir,
Agitam o corpo de uma alma doente.

O poema acabado que nunca está
E recomeça depois de acabado,
Na fértil imaginação ficará
Teclando para atingir o desejado.

Como a verdade, também se procura
O poema que iluminará a mente,
Provocando nesta vida a loucura
De uma felicidade permanente.

Carlos Cebolo




quarta-feira, 16 de outubro de 2019



SER E NÃO SER

Palavras não me faltam,
Talvez serenidade
Nas horas que se soltam
Da pura realidade.
Não me falta o querer,
Nem mesmo ansiedade,
Apenas o sofrer
Com toda essa saudade.
Sou como os vendavais,
Nesse seu percorrer,
Planto nesses quintais,
O amor a renascer
E levo todas as mágoas
Que te fazem sofrer,
Secando tuas lágrimas.
Sou a fonte sagrada,
O poço dos desejos;
Sou moeda retirada,
Do gosto dos teus beijos.
O arco-íris sem cor
Que invade a tua alma
Colhendo a tua dor.
O elixir que te acalma.
Sou nuvem passageira,
No seu rodopiar,
Para arranjar maneira
De te poder falar.
No teu sonhar serei,
Mar sem ter maresia
E o beijo que não dei,
Darei em poesia.

Carlos Cebolo


terça-feira, 15 de outubro de 2019



ACORDAR

Nasce o dia ainda cinzento,
Cor de prata sem ser do luar
E essa tua imagem eu invento,
Apreendida neste meu pensar.

A luz que entra pela janela,
Esse ruído urbano sentido,
Tudo mais que o mundo revela,
Só me lembro do teu sorriso.

Chega o Outono sem ter beleza,
No tempo, como nesta vida,
Entre a esperança e a incerteza,
Numa relação não sentida.

E o dia procura a mudança,
Na tua voz o belo instante,
Entre nuvens na contradança,
Nasce o rei sol, já radiante.

E esse acordar comanda o sono,
Com essa vontade em te ver,
Colher os frutos deste Outono,
Antes do Inverno que vai nascer.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 14 de outubro de 2019



AMOR IRREAL

Não vou por onde quero ir,
Crio ilusões nesse caminhar,
No brilho suave desse olhar,
O teu mundo a mim há-de vir.

Resguardo-me neste pudor,
Sempre foi esse o meu defeito,
Na procura do amor perfeito,
Sinto medo no desfavor.

E sem tentar, eu te procuro,
Nos meus sonhos atormentados,
Com teus carinhos desejados.

Com esse pensamento obscuro,
Tua lembrança é meu tormento,
Por não ver chegado o momento.

Carlos Cebolo

sexta-feira, 11 de outubro de 2019




ENTRE AS PALMEIRAS

Quem não se lembra das belas palmeiras,
Com seus frutos expostos em castelos,
Dourados ao sol com traços amarelos
E dos serões ao luar, junto das fogueiras.

Coqueiros esguios, tocavam o vento,
Na ilha ou na baía o seu encanto,
Por onde as moças espraiavam o seu pranto,
Deixando no ar o triste lamento.

Corpos belos com o bronze produzido,
Os pés descalços naquela água quente,
Soltando saudades e laivos da mente,
Lamentando o seu amor proibido.

Aquela lua em noite de calor,
Com seu luar placidamente sorrindo,
O traquina Cupido vai surgindo,
Plantando ao acaso canções d’amor.

Nas águas azuis da calma baía,
O belo luar prateado se fixava
E o beijo surgia como quem amava,
O momento que na noite sentia.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 10 de outubro de 2019



CRISTALINA FONTE

Por vezes, deixo-me sonhar
No encanto adormecido,
Onde o vento sossega a brisa,
Querendo nela se fixar
E por lá ficar escondido.
Naquele silêncio sem fim,
Lugar que a lua ilumina,
Olho para o meu pensamento
E lá bem dentro de mim,
A alma continua felina.
Oiço-te na minha dor
E o desgosto se acentua
Nessas horas imperfeitas,
Por onde é cantado o amor
E onde a vida se emoldura,
Como um quadro sem valor.
Nessa cristalina fonte,
Com essa mágoa desmaiada,
Onde a própria flor medita,
Oiço mesmo ali defronte,
A canção desafinada
De alguém que não acredita
Numa tal felicidade.
Entre o cantar do ribeiro,
Ao longo do estreito caminho,
Oiço as pedras chorarem,
Perante o teu olhar primeiro
Que me fixa com carinho.
A lua ébria de esplendor,
Abençoa a nossa união
Com traços de luz e frescura,
Aquecendo o nosso amor
Com aquele toque de emoção.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 9 de outubro de 2019



REVELADOR

Olha para o espelho e diz-me o que vês?
Da janela do teu quarto, olha o céu,
Por entre as nuvens um recado meu,
A tristeza no espelho se desfez.

Apenas lá ficou esse teu sorriso,
Na imensidão do céu, o teu olhar,
Como no espelho, esse teu imaginar,
Que perturba o coração e o juízo.

E nesse tempo ao espelho, não te demores,
Não esperes pelas variações da alma,
Nem a resignação que não te acalma.
Não vá ele mostrar todos os teus temores.

Olha para o céu e colhe o teu sorriso,
Da luz do sol, toda a tua alegria,
Um belo arco-íris com sua magia,
Com a beleza do rosto, se perde o juízo.

Carlos Cebolo




terça-feira, 8 de outubro de 2019




A LUZ DO TEU OLHAR

Querer, quero todas as brilhantes cores,
Toda essa alegria sentida,
Na amizade com seus amores,
Cantar a vida divertida
Ir para além de todas as dores.

Quanto me aborrece essa tristeza,
Na escuridão que a consome
Que o opaco esconde essa beleza,
Sem ouvir chamar o seu nome,
Nesse mal com sua incerteza.

Querer, quero essa claridade,
O contágio do teu sorriso,
O promover da insanidade,
No querer algo de improviso,
Com essa diferença da idade.

Se a não presença me aborrece,
Com esse beijo que não se deu,
Todo esse nevoeiro me entristece,
Nessa ocasião que se perdeu,
Essa esperança não se esmorece.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 7 de outubro de 2019



O TEU NOME

O teu nome será sempre mulher,
No teu olhar pressentes o perigo
E o teu encanto ficará contigo,
Na vida escolhida, haja o que houver.

No crer, consentes o amor mal soletrado,
Amparado ao momento do sofrer
E sentes essa vida sempre a correr,
Na estupidez do medo indesejado.

A dor contida no teu coração,
Entre promessas na noite gelada,
Intensifica-se na madrugada,
Quando começar nova confusão.

E passa o tempo sem nada mudar,
Na mente insana de força brutal,
Nada mais para ti será igual,
Mulher ferida no seu caminhar.

Não temas a dor dessa tua sorte,
Vivendo nesse tão grande tormento,
Termina esse tempo, acolhe o momento,
Procura nesta vida um outro Norte.

Carlos Cebolo


terça-feira, 1 de outubro de 2019




O TEMPO EXISTE

O tempo existe e não adormece,
Também o sonho, por vezes é lenda,
Se não houver quem o compreenda
E desvende tudo que acontece.

A hora existe no seu passar,
Num tempo que não chega a existir,
O passado não pode surgir
E tudo é lenda, tudo será vulgar.

Remova-se o tempo todos os anos,
Primavera da vida perdida,
Numa Natureza divertida
Que no seu passar, promove enganos.

E se alguém pensar em contrariar,
Na ilusão que o tempo não existe,
Terá sua vida sempre triste,
Certo que o tempo não vai parar.

Carlos Cebolo