SER E NÃO SER
Palavras não me faltam,
Talvez serenidade
Nas horas que se soltam
Da pura realidade.
Não me falta o querer,
Nem mesmo ansiedade,
Apenas o sofrer
Com toda essa saudade.
Sou como os vendavais,
Nesse seu percorrer,
Planto nesses quintais,
O amor a renascer
E levo todas as mágoas
Que te fazem sofrer,
Secando tuas lágrimas.
Sou a fonte sagrada,
O poço dos desejos;
Sou moeda retirada,
Do gosto dos teus beijos.
O arco-íris sem cor
Que invade a tua alma
Colhendo a tua dor.
O elixir que te acalma.
Sou nuvem passageira,
No seu rodopiar,
Para arranjar maneira
De te poder falar.
No teu sonhar serei,
Mar sem ter maresia
E o beijo que não dei,
Darei em poesia.
Carlos Cebolo
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