AO SABOR DO TEMPO
E o rio vai arrastando as suas águas,
Fraca corrente que o vento amainou,
Tocou-me o teu chorar, as tuas mágoas,
Caminhos trocados por onde andou.
Naquelas horas extensas sem norte,
Procurando um lugar, outro conforto
Divergente no sentido da sorte
Que faça esquecer seu passado morto.
E a vida prossegue seu rumo e som,
Com olhar dorido de um sonho pisado,
De um destino com seu terrível dom
Traçado sempre, com o destino adiado.
Vai transportando ao vento as suas mágoas,
Sem lamento de um arco-íris sem cor,
Como o rio que arrasta suas águas,
Vai deixando no tempo, o seu sabor.
Carlos Cebolo
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