ELEGIA DOS
MOMENTOS
O incerto tempo da vida se confunde,
Essa água solta escorre pelos rochedos
E eu nesse sonhar tão doce e adormecido,
Onde o próprio tempo com a vida se funde
Com os sons adormecido nos arvoredos,
Aguardo por esse amor entristecido.
Ondas de prazer voam nesse nevoeiro,
Com esse olhar descuidado que adormece,
Traçando sulcos neste meu corpo bruto,
Atingido por esse teu olhar primeiro,
Nessa escuridão de um tempo que acontece,
Entre gritos de prazer que ainda escuto.
E a vida se renova com a velha dor,
Numa esperança carregada com seu desgosto,
Onde o rio transborda com suas mágoas
E a própria flor medita na sua cor,
Tingindo as faces pálidas do teu rosto,
Banhadas pelo sal das correntes águas.
Carlos Cebolo
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