INOCÊNCIA
Tal e qual o inverno, é a inocência,
A inocência que sofre sem sofrer,
O amor que sobrevive com a ausência,
O frio gélido que dá prazer.
Esse exílio sentido no verão,
Que no inverno provoca a dormência,
É amor sentido com grande paixão,
Na pureza de tão fria inocência.
O Maio florido que a vida espera,
Nessa volúpia que alimenta o Outono,
Mostra toda a nudez da Primavera,
De um seio jovem que perdeu seu dono.
Na ausência procuro ser servidor,
Como a folha seca, solta num inverno,
À procura do fugitivo amor,
Nessa esperança de o tornar eterno.
Carlos Cebolo
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