PASSA O TEMPO
Cai a madrugada de um tempo incerto,
Sem ser essa madrugada esperada,
Como a água não o é, pelo deserto,
Sonhei ser eterna esta caminhada.
Na caminhada terei liberdade,
A liberdade assim oferecida,
Entre os gritos soltos da mocidade,
O vermelho cravo em arma florida.
Mas o sonho não se concretizou
E outros males assim se levantaram,
Com o incerto tempo que se formou.
Continuo à espera dessa liberdade,
Dos rubros cravos que não floresceram,
Nem ao povo deu, outra realidade.
Carlos Cebolo
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