SEM TER REMÉDIO
Se a dor te bater à porta, não deixes entrar,
Pela tua porta só entra quem tu quiseres,
Seja esse frio ou calor que te queira tocar,
Lembra-te que em ti vive a força de outras mulheres.
A cadência da dor, já o corpo rejeitou,
Essa mágoa da tortura é pior que o seu tédio
E lembra-te sempre do toque que te gelou,
Esse carinho fingido não é bom remédio.
De todo aquele seu gélido olhar, sentes o pavor,
Essa grande vontade de tão alto gritar,
Sem ter a força na procura de um novo amor.
O doer na consciência da mágoa que carregas,
O sofrimento que o teu corpo não quer largar,
Percorres esse caminho por onde escorregas.
Carlos Cebolo
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