POESIA DA LUA
Numa noite de luar
E sem o senso perdido,
Oiço as estrelas a falar,
Oiço as estrelas a falar,
No escuro fico escondido.
E falam de tudo um pouco,
De quem esconde o saber,
Deste mundo assim tão louco,
Deste amor que está a morrer.
Elas falam em tom baixinho,
Baixo como o murmurar,
Por vezes fico sozinho,
Encantado com tal falar.
Na via Láctea há mais barulho,
Na surdina da fantasia,
Apelam pelo meu orgulho,
Por falar em poesia.
Oiço então outro gritar,
Luz do sol em demasia,
A lua põe-se a cantar,
Declamando a poesia.
Carlos Cebolo
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