O MANTO DA MEMÓRIA
O manto da memória tem o seu movimento,
As palavras trocadas lembrando essa partida,
A brisa que se levanta, lembra o sentimento,
Dessa súbita tristeza no sonho sentida.
Assim se passou o sonho, no sopro da aragem,
A meditação que o próprio tempo levantou,
Palavras ditas entre amantes em viagem,
Que esse tempo, de as apagar se encarregou.
No sentir, o perder da esperança dessa ilusão,
O peso de se ter construído um novo mundo,
Naquela terra distante com amor tão profundo.
Vento preso no ar corrói a recordação,
No sentir da clausura de todo um sentimento,
Retido no tempo, as emoções em movimento.
Carlos Cebolo
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