TELA SEM COR
Pouco a pouco vai crescendo,
A imagem que em mim se forma
E se fixa no espelho da memória
Que a envolve como uma moldura.
No teu rosto que o sol doirou
Numa miscigenação perfeita,
Abre-se um sorriso de água cristalina
Que me refresca o corpo na madrugada.
A luz opaca da noite fecha o teu olhar
E abandonas a moldura que te encerra
No desejo que te atormenta.
Esse desejo sentido em mim,
Toca o vazio da tua ausência
E eu colho-te no reflexo do poema.
Carlos Cebolo
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