HORAS INFINITAS
Era a hora do sobressalto, a hora do desejo
Que queima como a lavra de um vulcão
E tu, estavas longe de mim.
A ansiedade de quem quer algo que não aparece,
Tomou conta da noite e a noite não teve fim,
Caminhando sem parar pelas horas infinitas.
Minha alma alada continua ferida e arrefece
Na turva embriaguez de um amor distante,
Na lembrança do que já existiu, mas não vejo
E me deixa assim tão avaro dessa paixão.
Quebra-se o infinito no esquecimento,
Nesse retroceder que a própria alma conjura,
Naquele breve momento que sente o desejo,
Na loucura insatisfeita que domina o pensamento.
Avança a noite nessa triste conjuntura,
Formando atalhos que me fazem sentir o teu beijo,
Quando ele apenas existe na imaginação
E no novo dia, ao surgir da aurora, sente-se a solidão.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
https://carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário