ÁGUAS DO ALTO MINHO
Vagueia entre ruas de solidão,
Contemplando o Lima até à foz,
Águas turvas dessa imensidão,
A revolta que chama por nós.
Com toda a impotência o povo chora,
Passou a água a ser mais valiosa,
Pede-se justiça que já demora
E as promessas não passam de prosa.
Segue a prostituta o seu fadário,
Segue o Lima a sua velocidade
E este povo segue o seu calvário,
Ser roubados até à eternidade.
Ser escravo de um poder absoluto,
Ficar o povo sempre quedo e mudo,
Submisso à vontade do senhor fajuto
Que se faz passar por homem sisudo.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
https://carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário