CHUVA NO SIÊNCIO DA NOITE
Choveu a noite toda!...
Será que sentiste?
Aquele lamento que chora
Caindo da beira do telhado,
Como lágrimas soltas de dor
Que escorrem da minha face
E secretamente os teus
Lábios querem beijar.
Passaram as horas tristes
E a ansiedade dos amores,
Foram sonhos perdidos
Na ilusão que existe,
Como a saudade desejada
De contigo estar.
Sentada na beira da cama,
Olhando a ampulheta do tempo,
Vejo a areia fina desaparecer.
Lá longe, no infinito,
Alguém me chama
E minha alma voa pelo espaço sem fim,
Indo ao teu encontro,
Levando com ela o meu sofrimento.
Sonho com a eternidade,
Conto os segundos da minha ilusão
E deixo voar a minha pureza,
Por entre os dedos da minha mão,
Procurando a felicidade.
O som da água a escorrer pelo telhado,
Confunde o eco do meu silêncio,
Juntando-se ao sal do meu olhar,
Vincando na minha alma a incerteza
De um dia te poder amar.
Será que sentiste o murmúrio da chuva?
O chamar incessante do teu abraço
Que tantas noites me tira a calma,
Fugindo dos meus sonhos
E que faz sofrer a minha alma,
No abismo profundo da desilusão.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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