HERANÇA DE UM NOME (PAI)
Aos poucos partem e não deixam rastos,
Inclina o tempo a haste já desgastada,
Renovando na vida os tempos gastos,
De uma descendência por cá deixada.
Como tantos outros também partiste
E o nome pai, continua presente,
Noutro pai por cá deixado bem triste,
Colhendo a vida da mesma semente.
Das memórias construo minhas obras,
Junto pedaços de imagens deixadas
E a solidão é preenchida com sobras
Das lembranças e memórias guardadas.
Construo intervalos nas sensações,
Horas vividas serão esquecidas,
Por entre astros e outras constelações,
Todas as conversas ficaram retidas.
Talvez a vida seja feita assim,
Na renovação se colhe essa herança
E o nome dado por ti terá fim,
Quando o tempo já não tiver lembrança.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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