REFÚGIO DA INCERTEZA
Saltimbancos aos pulos desordenados,
Com ameaças e horrores infringidos,
Autênticos maltrapilhos armados,
Destruíram antigos sonhos já perdidos.
Memórias no recanto da mente escondida,
De um triste passado recente de sofrimento,
De toda aquela triste e ilustre gente esquecida,
Na política triste e inesquecível do momento.
Tristezas vividas e sofridas na própria alma,
De um povo forte e de bons sentimentos,
Que mesmo em fuga, mostrou a sua calma,
Ao deixar para trás, todos os belos momentos.
Caravana infindável de viaturas indefesas,
Fugindo de uma certa morte anunciada,
Enfrentando toda uma vida de incertezas,
Fizeram-se à estrada, numa longa caminhada.
Deixaram a bela terra onde nasceram
E onde queriam poder continuar a viver,
Naquela terra, onde amigos morreram,
E onde pensavam ver, seus filhos nascer.
Sem nada terem feito, para o destino merecer,
Pagaram com o corpo os erros do passado,
De um povo que de início foi para lá viver
E da linda terra, fizeram o seu bem legado.
Triste realidade de um povo humilde e cristão,
Que apenas desenvolveu a terra onde nasceu,
Construindo casas, ruas, cidades, uma nação,
E como paga, assistiu ao roubo do que era seu.
Carlos Cebolo
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