A RAPOSA E A TARTARUGA
Era uma vez uma velha raposa, que por ser já muito velha,
não conseguia apanhar algo para comer.
A raposa estava fraca com muita fome e andava pela
floresta à procura de comida.
Ao passar junto a um lago, encontrou uma tartaruga que
estava a apanhar sol para se aquecer.
A raposa, logo viu ali, uma refeição e pensou para si
mesmo:
- A tartaruga é
lenta e eu posso apanha-la com facilidades. Hoje é o meu dia de sorte.
Finalmente vou encher a barriga.
A raposa aproximou-se com muita cautela da tartaruga e
quando já estava perto, deu um salto, mas só agarrou a carapaça da tartaruga,
pois a tartaruga que tinha visto a raposa, rapidamente se escondeu dentro da
sua carapaça.
A raposa tentou tirar a tartaruga de dentro da sua
casa. Mas não conseguia meter nos pequenos orifícios a sua longa boca, nem as
suas garras.
Farta de tentar, sem nada conseguir, resolveu apelar
para a inteligência, fazendo-se de boa e tentar convencer a tartaruga a sair da
sua carapaça.
Disse então a raposa:
- Amiga
tartaruga!... Está um dia tão bonito aqui fora!... Não quer vir apanhar um pouco
de sol?
A tartaruga que não era nada burra respondeu:
- Sabe amiga
raposa!... Eu apanhei um resfriado e não posso apanhar nem sol nem vento. É por
isso que aqui estou metida dentro da minha carapaça
A raposa rapidamente pensou e disse:
- Venha até cá,
ou ponha a cabeça de fora para eu a examinar. Eu começo todas as ervas que
curam as doenças e posso cura-la!...
A tartaruga que era mais inteligente que a raposa
respondeu:
- Sabe amiga
raposa! Eu já sou muito velha, já vive muito, conheço todas as manhas dos
animais e conheço bem a tua fama de matreira. Eu não estou doente.
Sou lenta mas não sou burra. Se meter a cabeça de
fora, tu aproveitas a oportunidade para me comeres.
Vai procurar alimento noutro lugar que aqui não te
safas.
A raposa vendo
que a tartaruga era mais esperta do que ela, resolveu ir procurar algo mais
fácil de se deixar apanhar para poder matar a fome.
E assim, com a sua inteligência e agilidade em se
esconder dentro da sua carapaça, apesar de ser lenta a andar, a tartaruga
salvou-se de uma morte certa.
Carlos Cebolo
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