ALMA SEM VOZ
Como a linda mariposa,
Nos seus gestos dos sentidos,
No bater de asas coloridas,
Esvoaça sempre airosa,
E abafa no ar gemidos
Do vento em plantas floridas.
Também teu amor ferido,
No seu silêncio troveja,
No evoluir do eterno amor,
Pelas veredas perdido,
No cantar da vil inveja,
Procura fugir da dor.
Os dias já nascem mortos,
Entre as manhãs de neblina,
No florir da esperança.
Esses sentires já tortos,
Que aos poucos, a vida ensina
A preparar a mudança.
O amor sofrido vegeta,
Numa música já gasta,
Espalhada pelo mundo…
E gasta se encontra a seta,
Do cupido que se arrasta,
Por esse abismo profundo.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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