IMPUDOR DA MOCIDADE
Alma pura, sentida de praia deserta,
Chora entre sons marinhos, alga de frescura,
Aquela dor retida na concha vazia.
Meu amor, por onde andará nesta hora certa,
Aquele teu olhar confortante de ternura,
Que no meu olhar plantou aquela magia,
Então sentida naquele doce sentimento
Que marcou para sempre, o nosso belo momento.
Por teu amor, trilho todos os maus caminhos,
Traço rotas, no desfiladeiro profundo
E ao Céu, elevo tua estrela radiante.
Naquela paixão, alivio teus espinhos,
Entre os poderes fortes, deste tristonho mundo,
Cravo este nosso amor na pedra diamante,
Para que outros corpos não te desejem
E aquelas impuras bocas te não beijem.
E naquele divino impudor da mocidade,
Este forte êxtase que traça a nossa sorte,
Felicidade errante que enfraquece o mar,
Seja prémio vibrante na nossa ansiedade.
Bebo desses teus lábios, esse néctar forte
Que embriaga com esse teu doce beijar,
Minha alma sôfrega do carinhoso amor,
Destronando do seio aquela triste dor.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário