QUEM CALA CONSENTE
O som suave da viola havaiana,
Aos poucos, a parlenga adormece,
Na voz critica que desengana,
Aquela palestra que esmorece.
Lengalenga de contos de fadas,
Que o orador procura ornamentar,
Ao som de cordas desafinadas,
Que acompanham todo aquele falar.
No salão, ouve-se os mexericos,
O diz que disse, naquele espanto,
Que os políticos estão mais ricos,
Enquanto o povo, aumenta seu pranto.
Verdades ditas de boca em boca,
Conversas amenas em café,
Que a vida está cada vez mais louca
E o povo perdeu a sua fé.
Aos políticos já ninguém ouve,
A sobrevivência que procuram,
Com essa tenaz força que os move,
Fazem-se ouvir, só quando murmuram.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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